Jorge Alves de Lima

Nascido em Joaquim Távora (PR), Jorge veio à Campinas aos 17 anos e nunca mais deixou a cidade. “Eu disse ao meu pai que viria para ficar apenas dois anos e depois iria para Curitiba, aonde foram todos os meus amigos do colégio interno. Mas me apaixonei por Campinas. Sou filho da cidade e nunca mais saí daqui. Toda minha vida está aqui”, disse ele em uma entrevista, emocionado.

Advogado, historiador e escritor, é um dos principais memorialistas da cidade, com extensa obra sobre a trajetória de Campinas, especialmente, no período do final do século XIX.

Foi um dos entrevistados no Espaço Memória do Camprev e agora faz parte do quadro “Servidor que Fez História”. Como servidor público, foi o primeiro admitido no gabinete do então prefeito Rui Novaes, sendo considerado o advogado da Prefeitura de Campinas. Foi também assessor jurídico do Ceasa.

Escrever a história de Campinas é o legado que transcendeu o papel do acadêmico. Depois de se aposentar como consultor geral do munic´´ipio de Campinas em 1995, ainda publicou obras sobre a trajetória de Campinas, tornando-se, inclusive, o maior conhecedor contemporâneo da biografia de Carlos Gomes, com obras lançadas sobre o maestro.

É, também, autor dos livros “Crônicas de Campinas – Século XIX /Século XX”, “O Ovo da Serpente – Campinas de 1889” e “O retorno da serpente – Campinas 1890” que contam sobre os efeitos da Febre Amarela na cidade de Campinas. Além disso, é autor de outras diversas obras, como “Lições De Vida: Crônicas De Jorge Alves De Lima no Correio Popular”, entre outras.

O lema que deixa para todos os servidores públicos é  “Eu não fui funcionário de um prefeito específico, fui  funcionário da entidade Prefeitura Municipal de Campinas”.

Atualmente, Jorge Alves de Lima é presidente da Academia Campinense de Letras e quer trazer a ACL cada vez mais para perto da sociedade. “Desde que eu assumi a Academia, uma das minhas ideias iniciais foi trazer os alunos das escolas municipais da periferia. Em toda sessão solene eu trago 80 alunos da periferia e os professores para assistir. Cada um deles vai embora com uma sacola com quatro livros. Isso vem revolucionando, o retorno que temos sentido é muito grande”, diz.

As ações da ACL têm tido repercussão na visão do acadêmico.

Jorge foi escolhido pelo governo federal para ser representante do Brasil no maior prêmio literário, que é o Luís de Camões, perante Portugal e os países africanos de língua portuguesa, em detrimento de muitos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) que queriam esse cargo.

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